terça-feira, 14 de junho de 2016

ENTRA EM CAMPO NOSSO CANARINHO

Por Renate Esslinger
Fotos: Árpád Cserép
A Copa do Mundo 2014 passou, a seleção canarinho jogou o que conseguiu jogar. Aproveito para lembrar que a camisa amarelo-canário com detalhes verdes e o calção azul foram estreados em 1954, na Copa do Mundo da Suíça. A cor da camisa inspirou o falecido radialista Geraldo José de Almeida a criar o termo “seleção canarinho”.
Seja como for, não estou aqui para falar de futebol, menos ainda para julgar a seleção. Quero concentrar minhas emoções na ave que deu nome a um específico tom de amarelo.
Trata-se do canário-da-terra-verdadeiro, também chamado de canário-da-terra, canário-da-telha, canário-do-chão, canário-da-horta, cabeça-de-fogo, chapinha e canarinho, uma ave de linda plumagem e canto forte e estalado, frequentemente aprisionada.
O exemplar adulto do canarinho atinge aprox. 13,5 cm de comprimento, pesando em média 20 gramas. Os machos possuem cor predominante amarela e a cabeça apresenta tons avermelhados. As fêmeas não mudam muito, apresentando um tom cinzento amarelado. Como os machos são territoriais e agressivos com machos rivais, alguns passarinheiros resolveram criar a briga do canário, com apostas na ave vencedora. Uma prática condenável, sem dúvida.
Foto: Árpád Scerép
Foto: Árpád Cserép
O canarinho é uma espécie predominantemente granívora, considerada predadora e não dispersora de sementes porque o formato de seu bico permite esmagar e seccionar com maestria as sementes. Insetos fazem parte de seu cardápio ocasionalmente.
Faz ninhos cobertos, na forma de uma cesta, nos mais variados lugares.  Não raramente utiliza ninhos abandonados de outras aves, dando preferência à majestosa “casa” do joão-de-barro. Em média são chocados quatro ovos por aprox. 2 semanas.
Foto: Árpád Scerép
Foto: Árpád Cserép
O canarinho não chegou a desaparecer por completo de nossa região, mas seu número diminuiu consideravelmente, principalmente em função da aplicação de herbicidas, inseticidas e fungicidas, considerados defensivos agrícolas.
Foto: Árpád Scerép
Foto: Renate Esslinger
Infelizmente não posso dizer que ele está presente em massa em nosso jardim e arredores, mas tivemos a oportunidade de ver um ou outro exemplar perto de nós, permitindo o registro fotográfico de sua beleza.
Foto: Árpád Scerép
Foto: Árpád Cserép
A seleção canarinho saiu de campo, entra em campo nosso canarinho, pronto para conquistar seu coração e o título de campeão.
NOTA DO EDITOR:
Renate Esslinger e Árpád CSerép são verdadeiros aventureiros da Natureza. Adotaram, para sua prática de lazer e orientação em suas pesquisas, dentro do Projeto Canto Sem Fronteiras, a arte de fotografar e escrever sobre aves e pássaros.
A grande vantagem, para eles, é terem um verdadeiro "laboratório" em suas próprias terras, pois para lá "viajam" as mais variadas espécies desse maravilhosos serem alados.
Paciência, um bom equipamento, "olho clínico" e elevadas doses de sensibilidade são o combustível desse incrível casal para continuarmos a merecer, deles, artigos e fotos maravilhosos para ilustrarem nosso jornal eletrônico.
Marcos Ivan, diretor.

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